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Ainda sobre avaliações em larga escala e padronizadas na Educação
Tem casos de escolas privadas monitorando o desempenho de estudantes de concorrentes, para em ano de avaliação oferecer bolsas aos alunos destaque, para que se transfiram pra elas.
Ou seja, no ato da avaliação, há muito pouco da tal "escola de ponta".
Em outras, se organiza para que os alunos com baixo rendimento faltem as aulas em dia de avaliação, pra maquiar as médias.
Avaliação padronizada significa jogar no lixo a natureza da Educação, que "não é formar pra própria, sim pra vida"
Agora, formamos para as provas. Não para a apreensão dos conhecimentos a fim de entender e atuar na realidade.
@tiagojferreira pra não falar que muita coisa importante que ensinamos simplesmente não cai em nenhuma prova... Eu não sou contra avaliações padronizadas, elas são ferramentas importantes. Mas é um erro considerá-las como as únicas ou principais ferramentas para diagnosticar o ensino. Elas mostram uma parte importante da figura, mas não tudo.
@tiagojferreira
Agora? Há 20 anos quando eu era criança já me incomodava o "formar para as provas".
@blaue_Fledermaus agora no sentido de que a BNCC formalizou isso como uma concepção global da Educação.
Realmente há 20 anos já pesava a questão do vestibular, embora houvesse contestações.
Mas o efeito da "pedagogia das competências" no Brasil já ocorre desde de meados dos anos 90, em função do chamado Relatório Delors.
A bizarrice é que o Brasil ainda vivia sob influência da pedagogia tradicional (conteudista, autoritária), já que aqui nem o escolanovismo vingou devido à visão tecnicista e utilitarista dos militares e do empresariado local.
Pode-se dizer que BNCC e Novo Ensino Médio apontam pra uma espécie neo-escolanovismo (brigadeiro gourmet e etc) com traços de pedagogia produtivista (empreendedorismo coach).
@tiagojferreira
E como sempre, um país construído em cima do "pra inglês ver".